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Aliados em 2008, Pimentel, Aécio e Lacerda devem se enfrentar em 2018

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A eleição para governador de Minas no ano que vem pode levar ao confronto três personagens da política mineira que em 2008 estavam de mãos dadas pela Prefeitura de Belo Horizonte. Há exatamente 10 anos, Aécio Neves (PSDB) e Fernando Pimentel (PT) deixaram diferenças partidárias de lado e trabalharam juntos pela candidatura de Marcio Lacerda (PSB), que acabou se elegendo prefeito da capital. Agora, existe a possibilidade de que os três sejam adversários no primeiro turno da eleição de 2018. Pimentel tentará a reeleição, Lacerda já se lançou como pré-candidato e Aécio tem dito que vai ainda escolher se disputa o Palácio da Liberdade ou tenta a reeleição ao Senado.
O clima de hostilidades entre os antigos aliados de 2008 se agravou durante as eleições de 2016, quando Aécio e Lacerda romperam definitivamente e apoiaram candidatos diferentes para a disputa na Prefeitura de Belo Horizonte. Enquanto Lacerda tentou eleger seu vice, Délio Malheiros (PSD), Aécio esteve ao lado de João Leite (PSDB). Ambos foram derrotados por Alexandre Kalil (PHS). Durante a campanha, a falta de apoio dos tucanos para um candidato de continuidade da prefeitura fez com que Lacerda considerasse difícil uma nova aliança com o ex-apoiador Aécio, que na época era cotado para a disputa presidencial de 2018.
Neste ano, já como pré-candidato, o ex-prefeito tem feito duras críticas ao ex-padrinho e atual governador Fernando Pimentel (PT). Os dois foram vizinhos de cela quando foram presos durante a ditadura militar e desde então mantiveram contato próximo, sendo o petista um dos principais fiadores do lançamento de Lacerda, há 10 anos. Agora como possíveis rivais, em entrevista ao Estado de Minas na semana passada, Lacerda afirmou que a atual gestão de Pimentel não tomou medidas para ajustar as contas do estado e implantou uma “política de aparelhamento na máquina pública estadual”.
Lua de mel desfeita Em 2008, Aécio Neves e Fernando Pimentel surpreenderam o meio político ao anunciar a dobradinha PT-PSDB para apoiar Marcio Lacerda à prefeitura. Apesar de a executiva nacional do PT ter se posicionado contra a coligação com os tucanos, Pimentel sustentou o acordo com Aécio e esteve ao lado de Lacerda na campanha. A chapa teve Roberto Carvalho (PT) como vice-prefeito. Chamada de “Aliança”, venceu no segundo turno o candidato do PMDB, deputado Leonardo Quintão.
A parceria funcionou entre 2009 e 2012, com PT e PSDB integrando os principais quadros da PBH. Mas meses antes da eleição de 2012, quando Lacerda tentou se reeleger, a lua de mel entre os três políticos acabou. “No primeiro mandato, a participação dos dois partidos funcionou bem. Não continuou porque eles se separaram, não porque eu me separei deles”, contou Lacerda.
Até junho de 2012, faltando quatro meses para a eleição, Lacerda teria como vice-prefeito o deputado Miguel Corrêa Júnior (PT). Mas parte da militância petista se mostrava insatisfeita com a aliança com os tucanos e durante reunião da executiva municipal do PT foi aprovado o rompimento com Lacerda. No lugar, foi indicado para a vaga de vice Délio Malheiros.
Já a boa relação com os tucanos perdurou por mais tempo. Após a saída do PT na chapa, Lacerda venceu Patrus Ananias na eleição de 2012, e passou a dar mais espaço às indicações do PSDB na prefeitura. A chegada de um novo período eleitoral em 2016 fez com que a amizade estremecesse entre Aécio e Lacerda.
Os tucanos apresentaram o nome do deputado João Leite (PSDB) para suceder ao prefeito, mas Lacerda não gostou da indicação e resolveu lançar um candidato próprio para a disputa. Inicialmente, o nome escolhido foi o do economista Paulo Brant, que depois foi substituído por Délio Malheiros como indicação para representar a continuidade do trabalho de Lacerda na PBH. O clima amistoso entre os antigos aliados azedou de vez desde então.

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