O ano era 2016, Luan Santana já era um astro do sertanejo e Marilia Mendonça estava começando a se destacar como cantora. À época, ela promovia o single “Eu Sei de Cor”, presente no EP “Agora É Que São Elas”. Devido ao sucesso, a música acabou entrando no repertório do festejado DVD “Realidade”, lançado no ano seguinte e muito elogiado pelo público e pela crítica — chegando a ser indicado ao Latin GRAMMY.
Luan convidou a cantora para participar da faixa “Fantasma”, quando gravava seu álbum “1977”. Naquela época, não eram assim tão comuns os feats., mas Luan percebeu algo especial na jovem de 21 anos, algo que, para os bons entendedores como ele, já estava claro: tratava-se de alguém com talento raro, que mais cedo ou mais tarde se tornaria uma estrela da música sertaneja. No caso de Marília, ela foi muito mais que isso. Foi a representante-mor do chamado “feminejo”, variação do sertanejo cujas letras falam do empoderamento e da independência das mulheres. Inspirou milhares delas. Mas infelizmente nos deixou no fim de 2021, então com 26 anos, vítima de um acidente aéreo.
Romântica, com bela letra e elementos sonoros da bachata, “Fantasma” foi composta por Matheus Aleixo, que faz dupla com Kauan. A música estourou nas rádios e plataformas de áudio e o vídeo da gravação soma mais de 91 milhões de visualizações no YouTube. Na época, emocionada, Marília comentou: “É sonho de menina. Temos quase a mesma idade. Enquanto Luan arrasava nos grandes palcos eu cantava suas músicas meteóricas em bares de Goiânia. Sempre fui fã do seu modo tão delicado e comprometido de trabalhar a musicalidade que ele respira. Hoje sou muito mais. Muito obrigada pelo convite pra fazer parte de um projeto tão lindo e importante. Você é luz, menino!”.