Nesta quinta-feira (29/4), a Polícia Civil realizou a terceira fase da operação Negócio Mortal, em São João Evangelista, em decorrência das investigações de crime de homicídio, que tem como vítima um homem, de 39 anos, desaparecido desde o dia 26 de janeiro deste ano. O suspeito, de 53 anos, permanece foragido da Justiça.
Nesta fase foi realizada a reconstituição dos fatos, reproduzida a partir das versões das testemunhas, e registrada pelo perito criminal. Para tanto, houve o auxílio de diversos policiais civis, integrantes das Delegacias de Polícia Civil em Guanhães, São João Evangelista, Santa Maria do Suaçuí e Peçanha. A ação também foi acompanhada pelo representante do Ministério Público e por advogados do suspeito, garantindo-se a transparência e legitimidade na produção da prova.
De acordo com o delegado Luiz Jardim, responsável pela investigação, os trabalhos estão na fase final, sendo que a reconstituição do fato foi de suma importância para permitir uma melhor compreensão da ocorrência, sob a ótica das testemunhas presenciais. “Vale destacar que o investigado ainda está foragido, sendo que existem mandados de prisão em âmbito nacional e internacional contra ele”, finalizou Jardim, ressaltando que as investigações continuam no intuito de localizar o corpo da vítima.
Desaparecimento
De acordo com as investigações, no mês de janeiro a vítima saiu da cidade de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, e se hospedou em um hotel de São João Evangelista, onde teria ido a uma empresa, localizada em um posto de combustível, no dia 26. No local, ele iria cobrar a entrega do certificado de registro de veículo (CRV) do automóvel que adquiriu, mas, em razão de uma discussão, o suspeito teria atirado na vítima.
“Hoje, podemos dizer que o objetivo imediato é a localização do corpo da vítima, com o intuito de permitir que familiares possam enterrá-lo e prestar as devidas homenagens. Além disso, localizar o suspeito da prática de homicídio qualificado e ocultação de cadáver, para que, respeitada a legalidade da investigação, possa responder pelos seus atos perante a Justiça”, afirmou o delegado.
Investigações
Em 4 de fevereiro de 2021, foi realizada a primeira fase da operação, pela qual foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, além dos trabalhos técnicos da perícia. Na ocasião, foi deferido o mandado de prisão do suspeito, que está foragido.
Já na segunda fase da operação, desencadeada em março, a PCMG analisou o material apreendido, ouviu testemunhas e lançou o mandado de prisão em banco de dados internacionais, com apoio da Polícia Federal e da Interpol. (As informações são da Polícia Civil de Minas Gerais)
Confira no vídeo as explicações do delegado Luiz Jardim, que é quem está à frente das investigações: