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Para 86,8% dos mineiros, usuário de drogas financia o tráfico

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Índice dos cidadãos que concordam com essa tese é maior entre os jovens de 18 a 34 anos

Na opinião da ampla maioria dos mineiros ouvidos pela pesquisa Minas no Brasil de 2018, quem faz o uso de drogas ilegais financia o tráfico no país. De acordo com os dados obtidos pelo levantamento, 86,8% dos entrevistados acreditam que quem consome essas substâncias ilegais dá força para o crime organizado que administra a compra e a venda de drogas.

“Se não tiver o usuário de drogas, esse consumidor único, não tem mercado viável para o tráfico. Logo, não há o traficante”, argumenta o contador Marcos Fialho, de 33 anos, que concordou com a maioria dos mineiros ouvidos pela pesquisa.

A advogada Cristiane Diezeck, de 44 anos, também concorda e pondera, no entanto, que a descriminalização daria um fim ao comércio ilegal. “O usuário financia o tráfico, mas, legalizando, o tráfico perde seus clientes, não teria mais aquela corrida às favelas em busca de drogas. Acho que melhoraria a situação”, conta.

Entre os que discordam da tese, destacam-se os entrevistados mais velhos, na faixa etária superior a 45 anos. Destes, 16,7% não veem os usuários como os financiadores do crime organizado. Por outro lado, apenas 8,3% dos mais jovens, entre 18 e 34 anos, discordam do trecho.

“Acho que ajuda, claro, mas não sei se a culpa é de quem consome a droga. O crime organizado sempre existiu, porque há quem sempre vai tender para o lado do crime”, analisa o aposentado Alexandre Lacerda, de 66 anos.

Entre todos os segmentos questionados, quem mais discorda da tese de que o usuário financia o tráfico são os entrevistados que não são católicos ou evangélicos. Destes, 18,3% não concordaram com o questionamento.

Por outro lado, os entrevistados homens, em geral, foram os que mais concordaram com a tese de que o consumidor de drogas é quem garante o sustento do tráfico.

Para ainda mais mineiros, o usuário de drogas, de alguma forma, contribui com a violência. Neste aspecto, 91,7% dos entrevistados concordaram com essa tese – principalmente os entrevistados com idade igual ou superior a 45 anos.

“No geral ajuda, sim, até porque quem consome droga fica violento, apoia algum tipo de atividade perigosa. No geral, isso faz sentido, o drogado acaba que é responsável por parte da violência”, conclui Alexandre Lacerda.

Reflexo da legalização divide Estado

Apesar de serem, em ampla maioria, contra a descriminalização das drogas, quase metade dos mineiros questionados pela pesquisa acreditam que, com a legalização da maconha e da cocaína, o tráfico ficaria enfraquecido – e, com isso, haveria uma redução da violência. Nesse aspecto, 49,2% dos mineiros concordaram que a legalização dessas drogas ocasionaria o enfraquecimento do crime organizado. Outros 50,8% discordam da tese e acham que não há relação entre as duas situações.

A tese é refutada, em maioria, pelos questionados de crença evangélica. Destes, 61,3% acham que não há relação, enquanto 38,7% concordam que a legalização reduziria o poderio do tráfico.

Enquanto mais da metade das mulheres concordam com a tese, a maioria dos homens pensa diferente.

No geral, os entrevistados das classes econômicas A e B foram os que mais concordaram com o questionamento, com 58,4%. Outros 41,6% acham que a legalização dessas drogas não ocasionaria mudanças no tráfico e na violência.

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