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Ministros e caminhoneiros voltam a se reunir em busca de acordo para fim de greve

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Caminhoneiros têm a segunda reunião com ministros desde o começo dos protestos, que bloqueiam rodovias pelo país. Paralisação está no quarto dia e Temer já pediu “trégua”.

Representantes dos caminhoneiros e ministros voltaram a se reunir na tarde desta quinta-feira (24) no Palácio do Planalto. O governo tenta um acordo com a categoria para encerrar os protestos contra a alta do preço do diesel pelo país.

Os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Carlos Marun (Secretaria de Governo) e Valter Casimiro (Transportes) receberam os caminhoneiros pela segunda vez em dois dias – desta vez também participou do encontro o general Sergio Etchegoyen (Segurança Institucional). Na reunião de quarta (23) o governo não fez uma proposta à categoria, apenas ouviu reivindicações.

Mais cedo, o presidente Michel Temer se reuniu com o presidente da Petrobras, Pedro Parente, o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, e ministros das áreas política, econômica, de energia e de segurança institucional. No dia anterior, Temer pediu uma “trégua” aos caminhoneiros.

A paralisação dos caminhoneiros está no quarto dia. O movimento tem bloqueado rodovias, com reflexos no transporte coletivo de grandes cidades, nas atividades de indústrias, no abastecimento de alimentos e com risco de falta de combustível em aeroportos.

Os caminhoneiros protestam contra a política de preços da Petrobras. A companhia estabelece o valor da venda dos combustíveis aos distribuidores a partir da oscilação do preço do petróleo no mercado internacional e na variação do dólar.

Na quarta, a Petrobras informou que não mudará a política de reajustes, mas anunciou uma redução de 10% por 15 dias no preço do diesel vendido pelas refinarias.

Também na quarta, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto que elimina a cobrança de PIS-Cofins sobre o diesel até o fim de 2018. A proposta ainda precisa passar pelo Senado, que deve votá-la na próxima semana.

Pedido de trégua

Após a reunião com Temer na manhã desta quinta, o ministro Carlos Marun afirmou a jornalistas que a decisão da Petrobras atende os pedidos dos caminhoneiros.

O ministro também defendeu uma “trégua” na greve para discutir nas próximas semanas as reivindicações da categoria. A intenção é negociar ao longo dos 15 dias de vigência da posição da Petrobras de não reajustas o preço do diesel.

Presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno afirmou nesta quinta que, com as medidas adotadas até o momento, os caminhoneiros não pretendem encerrar a greve (veja no vídeo abaixo).

Ao chegar ao Planalto para a reunião, o presidente da CNTA disse que espera ouvir propostas do governo, que serão apresentadas em seguida à categoria. Os caminhoneiros exigem “respostas conclusivas”, segundo ele.

“Infelizmente, a categoria não dá credibilidade a promessas feitas pelo governo. Categoria quer respostas que sejam conclusivas e que tenha aplicação imediata”, afirmou.

Entre as reivindicações dos caminhoneiros estão a redução de PIS-Cofins e ICMS que incidem sobre o diesel e um intervalo de reajustes no preço do combustível de três em três meses.

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