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Governo federal monitora fake news sobre nova greve dos caminhoneiros

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Tropas estão mobilizadas para dispersar bloqueios nas rodovias

O sistema de monitoramento de redes sociais do Palácio do Planalto identificou um aumento substancial no fluxo de fake news sobre uma nova paralisação de caminhoneiros a partir de segunda-feira (4). Para impedir que o clima de alarmismo se alastre pelo país, o governo elaborou um plano de segurança e colocou todas as tropas de prontidão.

A ordem é agir rapidamente e desmobilizar qualquer concentração que possa vir a surgir nas rodovias. Caso seja necessário, a Lei da Garantia e da Ordem (LGO), em vigor desde 25 de maio, que terminaria na segunda-feira, pode ser ampliada, segundo integrantes do gabinete de crise.

Embora considere baixo o risco de um novo levante, o governo está preocupado com a difusão de fake news nas redes sociais e em grupos de WhatsApp e vem investigando autores de vídeos e perfis nas redes sociais que propagam conteúdo inverídico. São esses canais que contribuíram para propagar informações falsas e dificultaram o trabalho das autoridades durante a greve dos caminhoneiros.

O gabinete de crise se reuniu na manhã de sábado (2), no Planalto, e a avaliação é que, com o fim da greve, o abastecimento se aproxima da normalidade, com exceção do gás de cozinha, que ainda enfrenta alguma dificuldade no Centro-Oeste. Porém, com a desobstrução do porto de Santos, a expectativa é que a demanda seja atendida rapidamente. O Planalto fará uma nova reunião na manhã deste domingo (3) para analisar o cenário.

O risco de uma nova paralisação, segundo fontes do governo, é baixo, porque as empresas de transporte que sustentaram o protesto não embarcarão em uma nova manifestação. A abertura de mais de 50 inquéritos para investigar empresários do setor e a aplicação de R$ 339,5 milhões em multas a transportadoras, além da prisão de empresários, deve, na avaliação do governo, afastar as transportadoras de novos protestos.

Desmobilização. Mesmo com novas ameaças de bloqueios por meio do WhatsApp, a reunião da equipe de ministros e assessores do governo, ocorrida no sábado, foi esvaziada e durou menos de 40 minutos – nos dias de paralisação, encontros chegaram a seis horas de discussões.

Dos ministros que compõem a equipe, apenas Sérgio Etchegoyen, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), participou da reunião. Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Carlos Marun, da Secretaria de Governo, não compareceram. O presidente Michel Temer ficou no Palácio do Jaburu e também não participou. Agora, a equipe de ministros mais próxima de Temer começa a dar mais foco aos estragos políticos deixados pela paralisação dos caminhoneiros, que custou a saída de Pedro Parente do comando da Petrobras.

Normalidade

Vídeos. O governo produziu vídeos em que nega a notícia de nova greve. O material diz que “caminhoneiros de verdade” voltaram ao trabalho e que radicais “tentam botar medo nas pessoas”. 

Líder marca ato com 50 mil caminhões

Brasília. Caminhoneiros têm chamado colegas para um novo protesto a poucos quilômetros do Palácio do Planalto. Wallace Landim, conhecido como “Chorão”, é o líder e promete parar o Brasil caso o governo não o receba para debater uma pauta ampla e genérica: menos impostos e combustíveis mais baratos. “Como o governo vai fazer? Não sei”, disse.

Nas redes sociais, mensagens sugerem que já há dezenas de caminhões à espera do ato marcado para este domingo. Mas não é bem assim.

Na sexta-feira à noite, só quatro veículos estavam lá, e a pauta era ainda mais dispersa. “Queremos uma solução. Não precisa ser intervenção militar, pode ser dos americanos”, defendia Duda Lemos, um dos primeiros a chegar.

“Desengate seu cavalinho e vamos para Brasília!”, conclama Chorão em um vídeo que circulou freneticamente pelas redes sociais nas últimas horas. A ideia é reunir neste domingo caminhoneiros em frente ao estádio Mané Garrincha. No dia seguinte, o movimento pretende se reunir com Michel Temer.

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