O secretário de Governo de Minas Gerais, Odair Cunha, diz que aguarda a última reunião do ano do plenário da Câmara dos Deputados para aprovar o projeto de lei que pode “acelerar” o pagamento do 13º salário para os servidores estaduais. Caso a proposta não seja votada, o governo de Minas deve definir uma “escala de pagamento mais alongada”.
Aprovado no Senado, o texto autoriza Estados e municípios a venderem para instituições financeiras créditos tributários. A aprovação garantiria reforço de algo entre R$ 2 bilhões e R$ 2,5 bilhões aos cofres públicos.
O governador de Minas, Fernando Pimentel, reuniu-se nesta segunda-feira com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e outros governadores para discutir, entre outras coisas, a votação do projeto de lei.
“O projeto é decisivo”, diz Cunha em relação ao pagamento de 13º salário. Ele tem reunião marcada com o Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG) na quinta-feira para apresentar as propostas de pagamento do benefício caso o texto seja aprovado em Brasília. Perguntado sobre quais seriam as propostas, o secretário preferiu manter em segredo e apresentá-las diretamente ao sindicato. “O governo já tem alguns cenários. Não queremos antecipar porque o projeto é decisivo”, afirma.
Nesta segunda-feira, o quórum da Câmara foi insuficiente para abertura de votação. “Nós não podemos nos guiar pelo quórum de segunda-feira. É sempre dia com menor número de parlamentares. Nossa expectativa é que o quórum seja atingido na sexta-feira”, diz o secretário.
Sobre a greve dos servidores da saúde, que teve início nesta segunda-feira, o secretário é taxativo em dizer que não serão aceitas paralisações que prejudiquem os cidadãos.