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Esforço de 200 cientistas no mundo inteiro cria mapa genético da depressão

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Levantamento foi publicado na ‘Nature Genetics’. Cientistas encontraram 44 genes associados à condição. Em depressões severas, a hereditariedade tem um peso de 50%.

Em um esforço global para entender o peso genético da depressão, um consórcio de 200 cientistas, em 161 instituições do mundo inteiro, identificou 44 genes relacionados a formas severas da condição. Isso é particularmente importante porque a ciência já sabe que, em casos mais graves, a hereditariedade tem um peso importante na ocorrência da doença.

O estudo foi publicado na “Nature Genetics” e integra o “Psychiatric Genomics Consortium”, um esforço global para mapear genes associados a disfunções psiquiátricas. A pesquisa teve a coordenação da Kings College London (Reino Unido), da Universidade da Carolina do Norte (EUA) e da Universidade de Queensland (Austrália).

Os principais achados

Dos 44 genes mapeados, 30 foram descritos pela 1ª vez nessa iniciativa específica. O achado abre caminho para o surgimento de terapias mais específicas para a condição, que tenham por alvo ou o silenciamento desses genes ou o bloqueio de substâncias produzidas a partir de informações desses genes.

O estudo tem por base outras pesquisas que mostraram o peso da hereditariedade em casos mais graves. Estudos com gêmeos idênticos, por exemplo, mostraram que, se um deles desenvolve uma forma mais grave da doença, o outro tem um risco tão elevado quanto de também manifestar os mesmos sintomas.

Apesar disso, no entanto, cientistas pontuam que não é toda a pessoa com genes associados à depressão que vai desenvolver a condição. O esforço global também quer entender o porquê isso ocorre.

“A descoberta dessas novas variantes genéticas tem o potencial de revitalizar o tratamento da depressão, abrindo o caminho para descoberta de terapias novas e melhoradas”, diz Gerome Breen, do Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociência da King’s College, em nota.

A depressão mais grave afeta aproximadamente 14% da população global. Um dos problemas, no entanto, é que apenas metade dos pacientes responde bem aos tratamentos existentes, segundo os autores.

Como foi o estudo

Pesquisadores mapearam dados de 135 mil pessoas com depressão maior (a mais incapacitante) e também de 344 mil pessoas saudáveis.

Além dos 44 genes associados à depressão, pesquisadores encontraram outros 153 genes relacionados a outros transtornos mentais.

Desses outros genes encontrados, os cientistas descobriram que seis deles contribuem tanto para o surgimento da depressão, quanto para a maior ocorrência de esquizofrenia.

Um outro ponto curioso do estudo é que alguns genes associados à depressão também foram relacionados à qualidade do sono, insônia, cansaço e tendência à obesidade.

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