Estimativa foi apresentada pelo diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Décio Oddone. Redução foi anunciada nesta semana e faz parte do acordo do governo com caminhoneiros.
O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Décio Oddone, estimou nesta sexta-feira (1º) que a redução de R$ 0,46 no litro do diesel pode levar até 15 dias para chegar aos consumidores de todo o país.
A redução no preço do combustível é uma das medidas do acordo do governo com as entidades dos caminhoneiros para tentar por fim à paralisação da categoria.
Segundo Oddone, os estados de São Paulo e Rio de Janeiro têm condições de implementar o desconto imediatamente.
“Há uma decisão de redução do preço do diesel de R$ 0,46 nas refinarias. O Brasil é um país complexo de dimensões continentais e temos de considerar isso ao planejar os nossos processo de abastecimento e fiscalização, de maneira que já identificamos alguns locais em que esses novos preços podem ser praticados imediatamente e a medida em que o preço for passando, vai ser possível chegar esse desconto a outros lugares do Brasil”, afirmou o diretor da ANP.
Oddone deu a declaração após participar de uma reunião com o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, e representantes de distribuidores e de revendedores de combustíveis em Brasília.
Ao deixar a reunião, o presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis), Paulo Miranda Soares, afirmou que não acredita em dificuldades para repassar a redução do preço do diesel, mas acrescentou que não há lei que obrigue o setor a fazer isso.
Estoques
Segundo o diretor-geral da ANP, questões relacionadas com estoques comprados antes da redução e também com impostos estaduais acabam influenciando no tempo de repasse do desconto para as bombas de combustíveis em todo o Brasil.
“Boa parte dos estados tem diferentes alíquotas de ICMS, e tudo isso impacta a aplicação das medidas, mas estamos muito tranquilos que, nos principais estados da federação, Rio de Janeiro e São Paulo, já temos condições de ter essas reduções imediatamente. [Para os demais estados] vai depender da evolução do uso dos estoques e da resposta dos governos estaduais a questão dos impostos estaduais. Acredito que em até 15 dias deve estar resolvido”, afirmou.
Sobre o desabastecimento de gás de cozinha em alguns estados, Dédio Oddone afirmou que esse produto tem uma logística “mais complexa”, porque é precisa abastecer o botijão, que tem de retornar para a distribuidora para que isso aconteça.
“Esperamos que em mais alguns dias a distribuição de GLP esteja normalizada. Até o início da semana que vem”, disse.