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Clésio Andrade recorre da decisão que o condenou no mensalão tucano, diz defesa

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Ex-senador foi condenado pelo crime de lavagem de dinheiro a cinco anos, sete meses e 15 dias de reclusão e 80 dias-multa.

A defesa do ex-senador Clésio Andrade informou que entrou com recurso nesta sexta-feira (18) contra a decisão que o condenou no mensalão tucano pelo crime de lavagem de dinheiro a cinco anos, sete meses e 15 dias de reclusão e 80 dias-multa.

O G1 entrou em contato com o Fórum Lafayette e com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e aguarda retorno.

A sentença foi proferida pela juíza Lucimeire Rocha, da 9ª vara criminal de Belo Horizonte, na última sexta-feira (11). Na decisão, a magistrada fixou o regime inicial como semiaberto e absolveu Clésio Andrade dos crimes de peculato.

O advogado que representa o ex-senador, Eugênio Pacelli, disse que o recurso foi protocolado no TJMG nesta manhã. Ele não informou os argumentos da defesa e disse somente que confia na Justiça.

“Confiamos na independência e na qualidade do Poder Judiciário mineiro. A douta juíza já demonstrou isso quando o absolveu do crime mais grave, após aprofundado exame da prova. A condenação pelo delito menos grave deveu-se a equívoco de interpretação, que temos certeza que será corrigido no Tribunal”, afirmou o defensor por meio de nota.

Na época, em 1998, Andrade era candidato a vice-governador da chapa encabeçada por Eduardo Azeredo (PSDB), já condenado em 2ª instância no mensalão tucano. Atualmente, o ex-senador é presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT) e do Sest/Senat.

Clésio Andrade foi acusado de participar de desvio de verbas para beneficiar a candidatura à reeleição de Eduardo Azeredo (PSDB) ao governo de Minas em 1998. No interrogatório em agosto do ano passado, afirmou que fez campanha paralela e investiu R$ 3 milhões não declarados.

Andrade foi acusado de peculato e lavagem de dinheiro por ter, supostamente, tentado ocultar recursos recebidos do empresário Marcos Valério, sócio da agência de publicidade SMP&B. Segundo a denúncia, foram desviados R$ 3,5 milhões, a título de patrocínio para os cofres da campanha.

Mensalão tucano

De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, o esquema teria desviado recursos para a campanha eleitoral de Eduardo Azeredo (PSDB), que concorria à reeleição ao governo do estado, em 1998.

Para a acusação, houve ato de improbidade administrativa por parte de Marcos Valério, Cristiano Paz e Ramon Holerbach, quando R$ 3 milhões foram transferidos da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig) para a agência de publicidade SMP&B, da qual os três eram sócios à época.

A verba foi declarada como patrocínio para a realização do Enduro da Independência, evento que não chegou a ser nem licitado e não houve formalização de contrato.

Para a promotoria, esse dinheiro foi usado na campanha de reeleição do então governador de Minas, Eduardo Azeredo (PSDB), em 1998, através das agências de publicidade SMP&B e DNA, ambas dos três réus. Azeredo foi derrotado no pleito por Itamar Franco (PMDB).

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