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Casos de cyberbullying em Minas Gerais subiram 11% em 2017

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Mídia social baseada na imagem dos usuários, Instagram anuncia combate mais incisivo a ataques virtuais, prática que aterroriza adolescentes

Em um tempo em que as redes sociais estão em tudo e praticamente todos estão nas redes sociais, um fenômeno que não é recente, mas que ganhou impulso assustador no ambiente virtual, mobiliza famílias, escolas e entrou definitivamente no radar de gigantes da internet. As agressões, ataques, calúnias, injúrias e difamações, resumidas sob a alcunha de “cyberbullying”, ganharam a partir deste mês tratamento mais rigoroso do Instagram, mídia de compartilhamento de fotos e vídeos com interface com várias outras redes, que anunciou atuação mais agressiva em relação ao tema, já condenado nas regras de plataformas semelhantes. É uma reação corporativa a um tipo de comportamento que afeta a vida de famílias inteiras e se traduz em números em ascensão. Em Minas, por exemplo, os registros desse crime cresceram 11%, passando de 4.939 em 2016 para 5.480 no ano passado.

É pouco para um fenômeno tipicamente subnotificado, e que muitas vezes não passa da esfera privada. Mesmo assim, os casos levados às autoridades aumentaram tanto que delegacias foram criadas especificamente para tratar do assunto, tipificado no Código Penal. Na era contemporânea, cyberbullying é a versão virtual de crimes contra a honra. Segundo a legislação, pode ocorrer de três formas: calúnia, injúria ou difamação. E engana-se quem pensa estar protegido por um suposto anonimato na internet: é possível rastrear e encontrar não somente quem deflagrou iniciativas classificadas como bullying, mas também quem as tenha compartilhado.

Não estar frente a frente com a vítima e se esconder atrás de uma tela de computador ou celular, “protegido” pelo anonimato, é a vitrine perfeita para o agressor, na opinião da psiquiatra Júlia Khoury, professora da Faculdade de Minas (Faminas). “O fato de passar pela internet e não estar numa relação real favorece a desinibição e acaba estimulando pessoas a fazer o que não fariam caso estivessem diante do agredido”, afirma. De acordo com a médica, os agressores são normalmente pessoas com autoestima baixa e necessidade de atacar terceiros para compensar essa falha. “A maioria sofreu algum trauma na infância ou também algum tipo de bullying”, pontua.

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