Após dois dias de greve, o Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (SindTaque) anunciou, na noite desta sexta-feira (26), que a paralisação está suspensa no estado. Representantes da entidade estiveram reunidos com membros do governo de Romeu Zema e receberam a promessa de que um diálogo será iniciado na próxima semana.
O comunicado foi feito pelo presidente do SindTaque, Irani Gomes, que participou da reunião com dois secretários do governo estadual: de Governo, Igor Eto, e de Planejamento e Gestão, Otto Levy. A promessa feita aos tanqueiros é de que na próxima semana será marcada outra reunião para que o Executivo estadual e o sindicato sigam negociando.
O SindTaque estima que 3 mil condutores aderiram ao movimento grevista. Os tanqueiros pedem que o estado reduza a alíquota do ICMS cobrada de 15% para 12%, taxa praticada em estados como Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo.
O governo de Minas argumenta que as recentes variações do combustível não são decorrentes do ICMS, mas da política de preços da Petrobrás. Por enquanto, o Executivo também descarta baixar a tarifa alegando a crise financeira enfrentada pelo estado.
“No momento, em virtude da situação financeira do estado, a Lei de Responsabilidade Fiscal exige uma compensação para aumentar receita em qualquer movimento de renúncia fiscal, o que não torna possível a redução da alíquota. A Secretaria de Fazenda esclarece ainda que o ICMS corresponde a 31% para gasolina, 16% para o etanol e 15% para o diesel, do preço total dos combustíveis”, diz a nota.
Em 18 de fevereiro, a Petrobras autorizou o quarto reajuste do ano. Desde janeiro, a gasolina acumula alta de 34,78%, enquanto o diesel está 27,72% mais caro.
O governador Romeu Zema afirmou nesta sexta-feira que sua equipe vai se reunir com os líderes do movimento dos transportadores de combustíveis para buscar um senso comum.
“O governo assume o compromisso de instalar já na próxima semana um grupo de trabalho em nossa equipe, em conjunto com representantes das entidades ligadas à cadeia do combustível, para a busca de uma solução dialogada e efetiva para as questões levantadas”, afirmou Zema.