O Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustível e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque-MG) ameaça entrar em greve em janeiro como forma de protestar contra a volta da cobrança do Programa de Integração Social (PIS), da Contribuição Para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), além da cobrança já em janeiro do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).
Eles prometeram que essa seria a “maior manifestação que o país já viu”. Caso a volta das cobranças não seja revogada, eles ameaçam cruzar os braços por tempo indeterminado, paralisando as atividades de transporte de combustíveis em todo o país, incluindo portos e aeroportos.
De acordo com a organização, a classe está “indignada e se mobilizando” por conta da volta da cobrança, pelo governo federal, dos impostos. Tanto PIS quanto o Cofins poderiam aumentar consideravelmente os preços dos combustíveis, em especial o do óleo diesel, afirma o sindicato.
Atualmente, o preço médio do diesel no país é de R$ 5,98 o litro; a gasolina está R$ 5,59, segundo dados da Petrobras. Ainda segundo o sindicato, atualmente o óleo é um dos insumos mais caros, onerando em cerca de 40% o custo do transporte.
Já em relação ao IPVA, a indignação é pela antecipação da escala de cobrança, anunciada pelo governo no dia 5 de dezembro. O sindicato chegou a se reunir com o governo na última quarta-feira, mas, segundo os representantes, o Estado se manteve irredutível nas datas de cobrança.