Sindicatos de profissionais da educação pública e privada de Minas Gerais questionam a decisão de retomada das aulas presenciais no Estado, defendidas pelo governo mineiro. Eles apontam que os protocolos apresentados pelo Executivo não são o bastante para garantir a segurança de alunos e funcionários e prometem ações contra a reabertura das escolas.
Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (25) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/ MG) anunciou que, a partir desta segunda-feira (1º), iniciará uma fiscalização das escolas do Estado, a fim de averiguar as condições das escolas estaduais para receber alunos. De acordo com a coordenadora geral do sindicato, Denise Romano, a fiscalização será realizada por membros das 38 regionais sindicais espalhadas por Minas.
O Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-MG), que representa os profissionais do setor privado, afirmou que apoiará a iniciativa e também fiscalizará as escolas particulares, segundo a sua presidente, Valéria Morato.
Nessa quarta-feira (24), o governo de Romeu Zema (Novo) anunciou que as aulas estaduais podem retornar a partir do dia 1º de março, próxima segunda-feira, se houver autorização do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Quando o governo tentou reabrir as escolas em outubro de 2020, uma decisão judicial, a pedido do Sind-Ute MG, impediu a ação e continua valendo, sujeita a recurso do Estado.
O governo afirmou que todas as escolas estaduais precisarão cumprir um checklist de segurança para oferecer as aulas presenciais e que, em 2020, liberou R$ 125 milhões para as escolas se adequarem às normas de segurança. De acordo com a Secretaria da Educação, 713 instituições, de cerca de 3.600, estão com adequação avançada e as demais, nesse processo.
O Fórum Estadual Permanente da Educação (Fepemg) também questiona a reabertura das escolas, conforme a coordenadora, Analise de Jesus da Silva. O órgão abrirá uma consulta pública em março para averiguar se a comunidade escolar concorda ou não com o retorno presencial. (Com informações do portal O Tempo)