O governo de Minas Gerais, por meio do Comitê Extraordinário Covid-19, informou que as macrorregiões de Saúde Norte e Sudeste vão avançar para a Onda Amarela do programa Minas Consciente, que monitora indicadores da pandemia para flexibilização das medidas de combate no Estado.
A decisão passa a valer no sábado (15/5), mas não é de adesão obrigatória e depende da escolha de cada município. Na Onda Vermelha, assim como na Amarela e na Verde, praticamente todos os serviços podem funcionar, mas as restrições são diferentes. Na Onda Amarela, por exemplo, os bares podem receber mais público nos estabelecimentos, o distanciamento sugerido é de um metro e meio e a lotação dos espaços aumenta para 75%. Além disso, eventos também são permitidos com até 100 pessoas, desde que sejam respeitados os protocolos de segurança.
Agora, Minas Gerais passa a contar com nove das 14 macrorregiões na Onda Vermelha (Centro, Centro-Sul, Leste, Leste do Sul, Nordeste, Noroeste, Oeste, Sul e Triângulo do Sul) e cinco na amarela (Norte, Sudeste, Triângulo do Norte, Vale do Aço e Jequitinhonha). Não há regiões na Onda Roxa, mais restitiva, nem na Onda Verde, mais liberal.
Além das macrorregiões, algumas microrregiões poderão avançar à Onda Amarela: Viçosa, Janaúba, Taiobeiras e Ubá. Por outro lado, as microrregiões de Passos, Cássia e Piumhi regrediram para a Onda Vermelha. Em caso de divergência entre as ondas da macro e da microrregião, caberá ao prefeito definir qual seguir.
Cidades com menos de 30 mil habitantes que apresentaram queda na incidência da Covid-19 pela quarta semana seguida também podem progredir de onda (são 88 municípios com incidência abaixo de 50 casos para 100 mil habitantes).
Atualmente, a taxa de ocupação de leitos, segundo o governo estadual, é de 80% para UTI Covid, e 74,68% para enfermaria em todo o Estado.
Em nota enviada à imprensa, o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, informou que o momento ainda é de cautela, já que porque o tempo de internação em UTI está maior com a nova cepa em circulação. Ele argumentou, porém, que a capacidade assistencial do Estado já foi restabelecida, após chegada de insumos do kit intubação, por exemplo. “Saímos do momento de colapso, vivenciado há 50 dias, em que todo o Estado estava na mesma situação ruim, o que não viabilizava transferência de pacientes entre macros. Voltamos ao patamar normal, em que o Estado passa a ser heterogêneo de novo. Algumas regiões estão indo bem, com tendência de melhora. Outras estão estabilizadas”, explicou.