Minas Gerais terá durante os próximos dias a terceira onda de calor em 2023, um fenômeno considerado raro, conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
A temperatura deverá subir em todas as regiões do estado, ultrapassando a marca dos 40°C até a próxima quarta-feira. A expectativa é de que no fim de semana, as regiões Norte, Noroeste e do Triângulo Mineiro tenham calor de 42°C.
A primeira onda de calor em Minas Gerais em 2023 ocorreu entre os dias 23 e 26 de agosto. Na ocasião, a temperatura média ficou na casa dos 38°C. O fenômeno se repetiu em setembro, entre os dias 23 e 28, quando os termômetros se mantiveram em torno dos 40°C.
Conforme o Instituto de Nacional de Meteorologia (Inmet), a onda de calor ocorre quando há a elevação da temperatura, por pelo menos três dias seguidos, em 5°C acima da média habitual registrada em determinada região. Segundo a meteorologista Anete Fernandes, o fenômeno é acompanhado pelas equipes do instituto e, por isso, será preciso reavaliar as condições climáticas na próxima semana, a fim de verificar se onda de calor prevista para esse mês poderá se estender por mais dias.
A terceira onda de calor pode ser justificada pelo El Niño, que ocorre ao longo deste ano. O fenômeno consiste no aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico e provoca a distribuição de umidade e calor no planeta, principalmente na zona tropical.
A orientação do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres e da Defesa Civil é de que a população possa redobrar a atenção durante os dias de temperatura extremas. É aconselhável evitar a exposição ao sol durante os horários de maior calor, além de beber água a cada duas horas. Outras recomendações são em relação a utilização de roupas leves, assim como o consumo de alimentos como frutas e verduras.
Esses cuidados são recomendados principalmente para crianças, idosos e pessoas com condições crônicas, que requerem medicação diárias. Isso porque estes grupos estão mais expostos aos riscos de complicações ou morte durante os dias de altas temperaturas.
Para quem reside em áreas vulneráveis, a prevenção deve se intensificar, principalmente, em relação aos incêndios florestais. A orientação é evitar atividades que possam causar faíscas, como queimadas não autorizadas, e denunciar qualquer comportamento suspeito às autoridades.