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Macrorregião Jequitinhonha regride para onda vermelha do Minas Consciente

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A macrorregião de Saúde Jequitinhonha apresentou piora nos indicadores e vai regredir da onda amarela para a vermelha do Minas Consciente, plano criado pelo governo estadual para a retomada gradual e segura da economia nos municípios. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (20/5) pelo Comitê Extraordinário Covid-19, grupo que se reúne semanalmente para avaliar a evolução da pandemia no estado. A mudança passa a valer no próximo sábado (22/5), com a publicação no Diário Oficial.

Todas as outras regiões serão mantidas nas ondas definidas na semana passada. Assim, permanecem na onda amarela Norte, Sudeste, Triângulo do Norte e Vale do Aço. As regiões Centro, Centro-Sul, Leste, Leste do Sul, Nordeste, Noroeste, Oeste, Sul e Triângulo do Sul seguem na onda vermelha.

Apesar da piora da macrorregião Jequitinhonha, os números gerais do estado apontam para uma melhora dos indicadores. O número de solicitações de internação em UTIs Covid teve queda de 6,71% nas últimas quatro semanas. Atualmente, a ocupação é de 78%, índice 3% menor que na semana anterior. A taxa de positividade se mantém estável em 37%, o que mostra a tendência de platô da pandemia.

Cautela

O secretário de Estado de Saúde, médico Fábio Baccheretti, afirma que, apesar de a capacidade assistencial do Governo do Estado ter sido restabelecida, o momento ainda exige cautela.

“Estamos em um momento de incerteza. Tivemos uma queda no número de casos, os óbitos estão caindo bastante, mas o momento é de grande atenção para saber como será o comportamento daqui para frente. Algumas regiões estão mostrando picos, enquanto outras estão caindo. O estado voltou a ser heterogêneo e isso é positivo para que não haja um colapso geral, como há dois meses. Já conseguimos transferir pacientes. Mas todos os cuidados devem ser mantidos”, explicou.

A diferença entre as regiões pode ser comprovada pela taxa de incidência da covid-19. No estado, o indicador teve aumento de 9% nos últimos 7 dias e 1% nos últimos 14 dias.  Nas regiões Triangulo do Sul e Oeste, os índices subiram 33% e 38%, respectivamente, nos últimos 14 dias. Já na macro Centro a taxa caiu 16% e na Noroeste, 23%.

Vacinação

Em relação à vacinação em Minas Gerais, Baccheretti lembrou que o estado está entre os que possuem maior índice de imunização proporcional à população, ocupando o 6º lugar no país.

“A população acima de 70 anos tem uma taxa cada vez menor de óbitos, mostrando a eficácia da vacina. Em janeiro não tinha ninguém vacinado; hoje, temos a maior parte da população vulnerável vacinada”, disse.

Os dados já revelam uma queda importante no número de óbitos entre a população que recebeu as duas doses. Entre as pessoas de 90 anos ou mais, a taxa que era de 8,1%, no início da pandemia, caiu para 2,9%. Já para os que têm de 80 a 89 anos a redução foi de 21,7% para 9,8%. Na população de 70 a 79 anos, a taxa de óbitos diminuiu de 28,8% para 16,2%.

“Esperamos que o mesmo aconteça com a população na faixa de 60 anos, uma vez que a eficácia da vacina já está comprovada”, afirmou o secretário de Saúde.

O Estado recebeu, até o momento, 9,3 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. Os imunizantes são enviados no menor tempo possível às regionais, nesta que é a maior operação de imunização da história do Minas Gerais.

Microrregiões

O Comitê Extraordinário Covid-19 também definiu, nesta quinta-feira, mudanças de ondas para algumas microrregiões. Progridem da vermelha para amarela as micros de Araçuaí, Brasília de Minas, São Francisco, Januária, Pirapora, Salinas, Oliveira e Santo Antônio do Amparo.

Já as microrregiões de João Pinheiro, Além Paraíba e São Sebastião do Paraíso vão regredir da onda amarela para vermelha. As demais serão mantidas como na semana passada. Vale lembrar que, em caso de divergência entre as ondas da macro e da microrregião, caberá ao prefeito optar por qual recomendação seguir.

Cidades pequenas

As cidades com menos de 30 mil habitantes apresentaram queda na incidência da covid-19 pela quinta semana seguida. Agora, são 91 municípios com incidência abaixo de 50 casos para 100 mil habitantes, podendo progredir automaticamente de onda, independentemente da situação da região em que se encontram. (Agência Minas)

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