Em tempos de redes sociais e compras pela internet, as pessoas se preocupam cada vez mais com os riscos de serem vítimas de fraudes virtuais. Entretanto, golpes antigos, praticados há anos, continuam frequentes e dando muito prejuízo a quem é enganado pela lábia dos golpistas. Wagner Júnior…
São fraudes aplicadas no meio da rua ou pelo telefone, sem qualquer tipo de sofisticação ou grandes aparatos tecnológicos. Conhecido pela gíria “171”, uma referência ao artigo que tipifica o crime no Código Penal, o estelionato fez, em média, 363 vítimas por dia em Minas Gerais no primeiro semestre de 2023. Foram mais de 65 mil ocorrências do tipo registradas pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
A prática criminosa induz a pessoa ao erro e, geralmente, mexe com a inocência e ambição das vítimas com a promessa de altos retornos financeiros. Golpe do falso sequestro, esquema de pirâmide, investimentos em lotes inexistentes, a lista de trapaças é infinita.
O estelionato, segundo especialistas, está ligado a duas questões: vítimas vulneráveis, como os idosos e pessoas com deficiência mental, e também casos em que a pessoa acredita que terá vantagem, que “vai se dar bem”.
Cada vez mais criativos, os golpistas se adaptam regularmente para fazer novas vítimas. Com muita lábia, os golpistas se passam até mesmo por órgãos oficiais e empresas para enganar as pessoas, trajando até mesmo uniformes e crachás.
Se antes os criminosos tinham necessariamente que se aproximar das vítimas para aplicar os golpes, hoje eles conseguem agir à distância, sem mostrar o rosto, e tem uma série de estratégias para chamar atenção das pessoas pela tela do celular e do computador. Somente no primeiro semestre deste ano, foram registradas mais de 27 mil ocorrências de crimes cibernéticos em Minas Gerais, uma média de 112 casos por dia.