Um alerta sobre os perigos envolvidos no uso de cerol e linha chilena. Esse é o objetivo da campanha “A Vida por um fio”, que teve mais uma edição lançada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais. A ação também visa conscientizar crianças, jovens e adultos sobre a importância de denunciar o comércio ilegal de linhas cortantes e os locais onde elas são fabricadas.

A campanha vem exatamente em um momento em que muitas crianças e adolescentes estão de férias. No período, as brincadeiras com pipas e papagaios podem aumentar, assim como o risco de acidentes. De acordo com a Sejusp, a utilização de linhas cortantes traz vários riscos e pode levar à morte. “Por serem quase invisíveis e altamente cortantes, podem atingir ciclistas, motociclistas, transeuntes e a própria pessoa que estiver utilizando”, argumenta a pasta.

Diante dos perigos existentes no uso de linha chilena e cerol, o assessor da Superintendência de Integração e Planejamento Operacional da Sejusp, Flávio Augusto Xavier e Silva, pede que a sociedade denuncie e previna casos de acidente com esses materiais em Minas.

“As denúncias anônimas são uma importante ferramenta para o trabalho das forças de Segurança Pública. Elas permitem que qualquer pessoa informe irregularidades ou atos ilícitos sem precisar se identificar. Isso pode ajudar a evitar ações criminosas, assegurando um período de férias tranquilo”, frisou.

A campanha 

Na ação, a Sejusp vai compartilhar dicas e alertas de segurança, tanto em relação ao uso de linhas cortantes quanto em relação aos locais do manuseio de pipas e papagaios. A pasta recomenda brincar longe de linhas elétricas e evitar soltar pipa ou papagaio no alto de telhados e lajes e em locais movimentados. O correto, conforme a Sejusp, é buscar lugares abertos, parques e praças.

As peças da campanha “A Vida Por um Fio” vão trazer informações para a denúncia, que pode ser feita gratuitamente pelo Disque 181, com anonimato e sigilo. O serviço funciona nos 853 municípios de Minas Gerais, 24 horas por dia.

Punição 

Desde dezembro de 2019, está em vigor em Minas Gerais uma lei que proíbe a comercialização e uso de cerol e linha chilena. Desde a sansão do texto, foram registradas 436 denúncias dessas práticas em Minas Gerais. Quem for flagrado comercializando cerol ou linha chilena pode ser multado em até R$ 179 mil, em casos de reincidência. Se os itens apreendidos estiverem em posse de crianças ou adolescentes, os responsáveis legais são notificados e o Conselho Tutelar acionado.