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Produzido por guanhanense, queijo maturado no vinho acaba em três horas e já tem ‘fila de espera’

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Queijo artesanal maturado no vinho, queijo artesanal coberto por uma camada de tinta de algas marinhas negras, queijo agroecológico… Basta dar uma volta no saguão do Festival do Queijo Artesanal de Minas, no Expominas, para se ter uma ideia da diversidade dos produtos oferecidos. Isso sem falar nos vinhos, azeites, meis, geléias e outros complementos provenientes das hortas, pomares e das agroindústrias mineiras. Tudo para você harmonizar com seu queijo preferido.

Um dos mais procurados foi o queijo maturado no vinho, do produtor José Antônio Neto, 73 anos, de Guanhães. Feliz da vida, ele conta que levou 14 peças da iguaria para vender e, em três horas, não tinha mais nenhuma, nem para essa jornalista fotografar!

José “descobriu” o universo dos queijos maturados por acaso há uns 20 anos, quando um vaqueiro que trabalhava pra ele esqueceu de guardar um queijo na geladeira e esse ficou esquecido em cima de uma mesa por uns 15 dias. “Quando eu voltei de viagem, ele estava amarelo, maturado. Provei, achei delicioso e logo pensei que ali estava o futuro dos queijos. Foi assim que me tornei o primeiro maturador da região”.

A partir daí, José – que também é dentista, foi soltando a criatividade e fazendo queijos com ervas variadas. Um dia experimentou maturá-lo no vinho e deu muito certo. “Experimentei e gostei. Achei que ficou muito macio e com um gosto sutil da bebida”.

Maturação

O processo não é lá muito simples. José conta que primeiro deixa o queijo maturar naturalmente por cerca de 15 dias. Quando ele começa a ganhar uma cor igual aos outros, tiro e mergulho ele num tonel de um vinho de boa qualidade. De três em três dias, eu viro ele, de um lado para o outro, num processo que dura mais 15 dias. Aí, o queijo precisa ficar mais uns quatro ou cinco dias escorrendo até secar completamente. “Tenho um cômodo só para a maturação dele. Não dá para misturá-lo com os outros porque o terroir é diferente. Ele herda o terroir e o sabor do vinho. É um queijo diferente. Bom para dar de presente”, diz.

José Neto – também conhecido como “Alemão”, apelido dos tempos em que foi jogador de futebol – conta que está muito feliz com a boa aceitação dos seus queijos. Sim! Além do queijo maturado no vinho, ele vendeu praticamente todas as outras unidades que levou para a feira. “Estou satisfeito não só porque vendi bem, mas porque um dos objetivos de participar da feira é fazer com que o público comum conheça o processo produtivo do queijo. Para se chegar nesse ponto que cheguei é preciso muito trabalho, são muitos impostos e custos altos”, completa.

Produção

Alemão produz cerca de 700 queijos por mês, entre frescal, Minas Padrão, maturado e maturados especiais, com ervas e vinhos. Vende para supermercados e padarias da região de Guanhães. “Não pode faltar. Se faltar, o povo reclama”, conta ele. O segredo de tanto sucesso? O produtor diz que é a higiene. Seu, José disse que exige em sua queijaria a mesma assepsia do seu consultório odontológico. “Todo leite ruim, dá um queijo ruim”, ensina. Um novo carregamento do queijo maturado no vinho deve chegar nesta sexta (09), mas já tem fila de espera. (Informações Rádio Itatiaia de Belo Horizonte)

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