O primeiro dia de provas do Enem, neste domingo (5), teve como tema central o papel da mulher na sociedade brasileira. Nas provas de múltipla escolha foram abordados assuntos como violência contra a mulher, mercado de trabalho, machismo, racismo, entre outros.

Os candidatos divergiram sobre a dificuldade das questões, mas concordaram sobre a complexidade que o tema da redação deste ano – “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil” – abordou. O exame trouxe ainda questões sobre a guerra de Israel contra o grupo extremista Hamas, em Gaza, no Oriente Médio.

O Enem é considerado a principal porta de entrada para instituições de ensino superior nacionais e em Portugal e ocorre nas 27 unidades da federação, em dois domingos consecutivos (5 e 12 de novembro). O resultado do exame é usado para ingresso nas universidades públicas, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) ou para bolsas em universidades privadas pelo Programa Universidade Para Todos (Prouni).

O exame também é usado para acesso ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), do Ministério da Educação. Este é o programa do governo que financia mensalidades em instituições privadas.

A maior parte dos candidatos do Enem (mais de 1,8 milhão) já concluiu o ensino médio (48,2%), enquanto 1,4 milhão de inscritos devem concluir o segmento em 2023 (35,6%). Há ainda os alunos que ainda não concluíram o ensino médio e participam como treineiros, com o objetivo de testar conhecimentos.

O ministro da Educação, Camilo Santana, disse ontem que os estudantes que forem prejudicados pelas condições climáticas no país poderão participar do ENEM 2023 na reaplicação de novas provas nos dias 12 e 13 de dezembro.