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Algoritmo prevê diagnóstico de autismo analisando exames de bebês já a partir dos três meses, diz pesquisa

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Diagnóstico precoce pode ajudar no tratamento e até diminuir alguns dos comportamentos associados ao TEA. Estudo foi publicado na revista inglesa Scientific Reports.

O diagnóstico do transtorno do espectro autista (TEA) pode ser realizado mesmo em bebês a partir dos três meses com exames de eletroencefalograma (EEG), aponta estudo publicado na revista inglesa “Scientific Reports”. O feito é importante porque o diagnóstico do transtorno é um desafio, sobretudo nas primeiras fases da vida.

De acordo com Charles Nelson, co-autor do estudo e diretor do laboratório de neurociência cognitiva do Boston Children’s Hospital, o eletroencefalograma tem baixo custo, é não invasivo e é fácil de ser incorporado nos checkups dos bebês.

“Sua possibilidade de diagnóstico precoce da possibilidade de uma criança ser autista levanta a possibilidade de intervenção muito cedo, antes do surgimento dos sintomais comportamentais mais evidentes. Isso pode melhorar os resultados e até prevenir alguns dos comportamentos associados ao TEA” – Charles Nelson

O estudo analisou um banco de dados (Infant Screening Project) mantido em conjunto pelo hospital e pela Universidade de Boston, que mapeia o desenvolvimento de crianças e o identifica o risco de desenvolver o TEA ou ter complicações de comunicação.

O trabalho está baseado em uma nova forma de analisar os eletrocardiogramas. William Bosl, professor associado da área de informática e saúde e psicologia clínica da da Universidade de São Francisco, também participa do programa que pesquisa as aplicações da computação e informática à saúde do Boston Children’s Hospital. Ele vem trabalhando a quase dez anos em algoritimos capazes de interpretar os sinais dos EEGs.

Bosl avalia que mesmo os EEG considerados normais dados profundos que refletem o padrão cerebral e que podem ser avaliados em programas específicos.

Com base nos dados do projeto, os pesquisadores receberam resultados de eletrocardiogramas de 99 bebês considerados de alto risco para TEA e 89 de baixo risco. Para cada criança havai sete EEGs que foram feitos ao longo de um período que foi dos 3 aos 36 meses de idade.

Os algoritimos conseguiram prever o diagnóstico clínico positivo para TEA com taxa de acerto de 95% em algumas faixas etárias.

“Os resultados foram impressionantes”, diz Bosl. “Nossa acurácia preditiva aos 9 meses de idade foi de quase 100%. Também conseguimos prever a gravidade do TEA com confiabilidade bastante alta, também já aos 9 meses de idade”, afirmou o pesquisador.

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