Foi deflagrada nessa segunda-feira, 25 de março, a Operação Scutu, com o objetivo de reprimir ações de uma organização criminosa atuante em diversos municípios na região. Foram cumpridos mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão.

Conforme as investigações, a organização criminosa atua na prática de crimes de homicídios, tráfico ilícito de drogas, associação para o tráfico, crimes patrimoniais, corrupção de menores e outros delitos correlatos.

As ações estão foram realizadas nos municípios mineiros de Coluna, Frei Lagonegro, Itamarandiba, Governador Valadares, Guanhães, Paulistas, São João Evangelista e São José do Jacuri.

Participaram o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), regional Governador Valadares, Promotoria de Justiça em Peçanha e as Polícias Civil, Militar e Penal de Minas Gerais.

Conforme o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Polícia Militar intensificou as intervenções na região a fim de reprimir tais práticas e os integrantes da organização criminosa passaram a enfrentar os militares através de ações violentas tais como resistência, desobediência, ameaças e ataques diversos, dos quais se destacam dois casos em que, no primeiro, atearam fogo em um veículo que estava estacionado próximo ao quartel PM de Frei Lagonegro e, no segundo, incendiaram um veículo de um militar no município de Coluna.

As investigações apontam ainda que, além de corromper os jovens locais para a prática de crimes diversos, parte dos integrantes da organização criminosa foi incumbida de mapear residências rurais e catalogar àquelas em que os moradores eram idosos e/ou possuíam armas de fogo em casa. Após, eles se deslocavam até essas residências e, mediante violência ou grave ameaça, subtraiam os pertences das vítimas, incluindo-se as armas de fogo.

Participaram da operação dois promotores de Justiça, um delegado da Polícia Civil, 106 policiais militares, 34 viaturas policiais, cães e um helicóptero da PMMG.

O termo “scutu”, origina do latim e significa “escudo”. Trata-se de uma peça de armadura pessoal segurada normalmente na mão, que pode ou não ser presa ao pulso ou antebraço. Os escudos são utilizados para interceptar ataques específicos, sejam de armamento de curto alcance ou projéteis como flechas, por meio de bloqueios ativos, bem como para fornecer proteção passiva fechando uma ou mais linhas de combate durante o confronto. Daí o nome da operação, a qual possui por escopo proteger a população ordeira residente na área de atuação da organização criminosa e potencializar as ações estatais em que já estão em curso. (Com informações do MPMG)