A quebra do tabu vai ter de esperar. Vítima do jogo aéreo europeu, o Brasil perdeu para a França por 2 a 1 na Copa do Mundo Feminina de 2023 e amarga o histórico de jamais ter conseguido vencer a seleção francesa em doze partidas agora. O jogo, válido pelo Grupo F, ocorreu no Estádio de Brisbane, na Austrália, com quase 50 mil pessoas, a maioria de torcedores do time de Marta.
A França foi superior durante toda a primeira etapa, pressionando o Brasil e não deixando a seleção ficar confortável com a bola. O gol de Le Sommer, de cabeça, evidenciou uma falha na zaga brasileira — o jogo aéreo — e uma característica positiva das francesas. Na segunda etapa, o time de Pia Sundhage achou um gol com Debinha e voltou para a partida. O confronto se tornou equilibrado e, no momento em que o Brasil era superior, a capitã Renard, também de cabeça, liquidou as chances sul-americanas de vitória e classificação antecipada para as oitavas. O Brasil foi um time tenso nos dois tempos, sem conseguir manter a posse de bola e errando muitos passes.
A classificação, no entanto, ainda não está perdida. A seleção brasileira enfrenta a Jamaica na última rodada da fase de grupos e, caso vença, passa para as oitavas. Se ficar em segundo lugar no grupo, pode cruzar com a temida Alemanha, uma das favoritas ao título. “O estilo de jogo do Brasil é bom quando ele bem organizado. Mas quando o jogo é ruim, como foi diante da França, temos de ter a capacidade de fazer mudanças táticas rápidas e ler melhor o adversário”, disse Pia.