Minas Gerais investe apenas um terço do recurso necessário para garantir a universalização do saneamento básico até 2033 – ano estabelecido pelo governo federal para que Estados e municípios forneçam água potável a 99% da população e tratamento de esgoto para 90% dela.
Para atingir a meta, o Plano Nacional do Saneamento Básico estima ser preciso injetar anualmente no setor o equivalente a R$ 203,51 por habitante. No entanto, o relatório Ranking do Saneamento, desenvolvido pelo Instituto Trata Brasil com dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, aponta que Minas investe somente R$ 60,72 por ano por habitante. A média nacional é de R$ 82.
O Plano Estadual de Saneamento Básico, divulgado no mês passado pelo governo de Minas, revelou a necessidade de investir R$ 103 bilhões para que 100% da população tenha acesso aos serviços de água e esgoto até 2041, sendo que R$ 75,8 bilhões devem ser aplicados nos próximos 12 anos para alcançar as metas do Novo Marco Legal do Saneamento.
O governo espera que Minas conte com o apoio do setor privado para complementar os recursos públicos e levantar os R$ 103 bilhões necessários para a universalização do saneamento básico até 2041.