Para proteger um dos biomas mais ricos em diversidade de vida no planeta surgiu, em agosto de 2021, o Núcleo de Proteção Ambiental (NPA), que tem o objetivo de monitorar a mata ao redor do Campus, por meio de visitas periódicas com o apoio da Polícia Militar do Meio Ambiente (PMMA).

Segundo o Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), a mobilização da comunidade acadêmica e da população local com estratégias para planos de ação ambiental também faz parte das ações do NPA.

Um dos autores da iniciativa, o professor Marcelo Filardi, do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, contou que eles conseguiram placas, que foram distribuídas em pontos estratégicos de acesso aos fragmentos da Mata Atlântica do campus, alertando sobre as consequências legais da caça predatória e orientando sobre denúncias anônimas.

Reabilitação de animais

O NPA recebe, ainda, animais apreendidos pela Polícia Militar do Meio Ambiente. Após a apreensão, eles passam por uma avaliação biológica e veterinária, recebem um laudo técnico e, posteriormente, são reintegrados à mata do Campus ou encaminhados para instituições especializadas. Em junho, por exemplo, o núcleo recebeu um gavião campestre de grande porte, a águia-cinzenta (Urubitinga coronata), que permaneceu sob cuidados de um biólogo e de um veterinário do campus por dois dias.

De acordo com o o veterinário do núcleo, Charles Bispo, a ave, que está na lista de espécies ameaçadas de extinção do Ibama, foi encaminhada ao zoológico da Usipa, em Ipatinga, onde se dará o trabalho de reabilitação. “Temos a perspectiva de que seja reintroduzida ao habitat natural em breve”, afirmou.

Ao todo, mais de 100 animais da fauna silvestre já foram reabilitados, entre eles diversos pássaros, um cágado, uma raposinha, um cachorrinho-do-mato, uma coruja e quatro cobras. (As informações são do Diário do Rio Doce)