Pasta compra algumas terapias de forma centralizada e distribui para hospitais em estados e municípios; entrega se manteve regular até quinta-feira (24).
O Ministério da Saúde informa que a distribuição de medicamentos comprados de forma centralizada pelo governo se manteve regular até quinta-feira (24) e que não houve prejuízo na entrega. A expectativa da pasta é que os acordos para suspender a paralisação dos caminhoneiros garanta a distribuição de insumos de saúde para os próximos dias.
Na sexta-feira (25), algumas cidades informaram limitação na circulação de ambulâncias e cancelamentos de exames e de cirurgias por falta de combustível e de materiais.
Entre os medicamentos entregues pelo Ministério da Saúde, estão antirretrovirais para o tratamento do HIV, como o dolutegravir, e alguns antibióticos. Outros medicamentos são comprados por estados e municípios por meio da transferência de recursos; também há as terapias financiadas com recursos estaduais e municipais.
O ministério diz que, em relação às vacinas, foram atendidos todos os pedidos feitos pelos estados e municípios até quarta (23) para garantir a vacinação de rotina nas unidades de saúde. Em relação ao atendimento, a pasta informa que a garantia do serviço é de competência das secretarias municipais e estaduais de saúde.
A pasta não informou se haveria um plano alternativo para a garantia de entrega de medicamentos, mas a expectativa é de que a paralisação seja suspensa nos próximos dias — e isso, espera a pasta, irá garantir os insumos e medicamentos distribuídos pelo Ministério da Saúde.
Também hospitais privados disseram no final da tarde domingo (27) que não garantem o atendimento se a greve continuar. Transportadoras não estão encontrando combustível, disseram entidades — apesar do desbloqueio de algumas estradas.
“Além da falta de insumos aos hospitais em todo Brasil, como já reportado anteriormente, depara-se também com a falta de medicamentos essenciais para o tratamento dos pacientes, como por exemplo, quimioterápicos e produtos para diálise”, diz a nota.
Paralisação e saúde
Na sexta-feira (25), estados informaram que começaram a limitar a circulação de ambulâncias pela ausência de combustível. Também alguns municípios interromperam a vacinação e cirurgias eletivas (não emergenciais) foram canceladas.
Entidades manifestaram preocupação com entrega de medicamentos, com equipamentos que funcionam a diesel em laboratório e com a presença de funcionários nas unidades de saúde.
O consenso é de que a situação não era tão grave, mas que a paralisação deveria se encerrar nos próximos dias; cidades no Rio Grande do Sul, em Pernambuco e na Bahia relatavam baixa de estoque em oxigênio. Houve também cancelamento de exames.