Em fevereiro, ministro Barroso, do STF, já havia concedido prorrogação por 60 dias. Inquérito apura se Temer editou decreto para favorecer empresas em troca de propina. Ele nega.
O delegado da Polícia Federal Cleyber Malta Lopes pediu nesta quinta-feira (26) a prorrogação por mais 60 dias do inquérito que investiga o presidente Michel Temer, aliados dele e empresas do setor portuário.
O pedido foi motivado principalmente pela análise que ainda tem de ser feita da quebra do sigilo bancário do presidente Michel Temer. E também para analisar o material colhido na Operação Skala, que prendeu amigos do presidente e empresários do setor do portos.
No último dia 27 de fevereiro, o ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), já havia concedido uma prorrogação por 60 dias, prazo que vence nesta semana.
Agora, Barroso enviou o pedido de prorrogação para análise da Procuradoria Geral da República. Ele decidirá depois de receber o parecer da PGR.
O inquérito investiga se Temer editou um decreto no ano passado para beneficiar empresas do setor em troca de propina. Amigos do presidente chegaram a ser presos no fim março em razão dessa investigação. Temer nega que o objetivo da medida tenha sido favorecer empresas.
O inquérito foi aberto no ano passado, com base nas delações do empresário Joesley Batista, dono do grupo J&F, e de Ricardo Saud, ex-executivo do grupo.