Categoria e secretaria ainda não divulgaram adesão. Movimento é contra a Reforma da Previdência, adiamento do início das aulas e parcelamento de salário.
As aulas na rede estadual de ensino de Minas Gerais começaram nesta segunda-feira (19) com anúncio de paralisação de trabalhadores da área. O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-Ute) e a Secretaria de Estado de Educação ainda não divulgaram balanço de adesão.
O sindicato informou que o movimento é contra a Reforma da Previdência, o adiamento do ano escolar, o parcelamento do 13º salário em quatro vezes e o descumprimento de acordos assinados pelo governo. O G1 entrou em contato com o Sind-Ute e aguarda retorno para saber o número de trabalhadores parados.
Pela manhã, o movimento era normal na Escola Estadual Padre Eustáquio, na Região Noroeste de Belo Horizonte. Na entrada, a coordenadora de Educação Integral e Integrada, Cecília Cristina Resende, conversou com a reportagem da Globo Minas.
“Esta paralisação é um movimento de trabalhadores, portanto é um direito deles. Nós não temos a informação de quanto das 3.643 escolas serão afetadas por esta paralisação. A Secretaria de Educação está preparada para receber todos os estudantes, as escolas estão equipadas com todos seus professores contratados e efetivos prontos para receber os estudantes”, disse Cecília Cristina Resende.
Segundo ela, mais de 50 mil professores foram contratados para o exercício do ano letivo no estado.
Já na Escola Estadual Dom Pedro II, no bairro Santa Efigênia, uma faixa demonstrava adesão à paralisação. “Instituto em greve contra a Reforma da Previdência, pelo cumprimento da Lei do Piso. Os trabalhadores não pagarão pela crise”, informava faixa em uma grade.
A rede estadual, que tem mais de 2 milhões de estudantes, foi a última a recomeçar as aulas. As atividades internas de planejamento com professores começaram no dia 15.
“Nenhum prejuízo. Duzentos dias letivos estão garantidos. A opção que fizemos por começar no dia 19 foi efetivamente, para uma rede tão extensa quanto a nossa, garantir a presença de todos os professores, efetivos e designados, no quadro de pessoal das escolas”, disse a coordenadora de Educação Integral e Integrada da secretaria. O ano letivo na rede estadual vai até 18 de dezembro.