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Números da Aids em Minas Gerais são divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde

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Na data em que se faz referência ao Dia Mundial de Luta contra a Aids, nesta sexta-feira, 1º de dezembro, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) divulgou números da doença no Estado.
No período de 2007 a 2017, foram diagnosticados 37.755 casos de HIV/Aids, que estão distribuídos em 730 municípios. 40% desses casos foram diagnosticados em heterossexuais, 33% em homossexuais e 5% em bissexuais. Mais de 46% dos casos conhecidos estão entre jovens de 20 a 34 anos. Em 2017, no período de janeiro a 29 de novembro, foram diagnosticadas 3.543 pessoas com a doença.
De acordo com a coordenadora do Programa de ISTs/Aids e Hepatites Virais da SES-MG, Jordana Costa Lima, no período de 2012 a 2016 houve um aumento significativo de casos da infecção no público masculino, chegando em 2017, uma média de 3 homens para cada mulher soropositiva. “Ao analisarmos a categoria de exposição observamos um aumento de casos entre homens que fazem sexo com homens (HSH), representando 38% a mais dos casos notificados no ano de 2015”, diz.
A taxa de incidência da Aids em Minas é de 20,4 pessoas a cada 100 mil habitantes. As regionais de saúde de Belo Horizonte, Uberlândia e Divinópolis estão entre regiões com mais casos da doença.
A HIV não apresenta sintomas e o acompanhamento médico desde o início é imprescindível para se garantir qualidade de vida. O diagnóstico precoce é fundamental para interromper a cadeia de transmissão do vírus e também para que o tratamento seja realizado da maneira mais adequada.
Medicamentos
O Brasil é referência internacional no tratamento de HIV/Aids.  Por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) é disponibilizando mensalmente às pessoas que vivem com a Aids os antirretrovirais por meio das Unidades Dispensadora de Medicamentos (UDMs) dos CTA/SAE. Atualmente, o estado de Minas Gerais fornece medicamentos para aproximadamente 43 mil pessoas HIV positivas.
Os antirretroviais são medicamentos que combatem a multiplicação do vírus HIV e fortalecem o sistema imunológico. O tratamento contínuo com os remédios reduz a mortalidade e o número de internações e infecções por doenças oportunistas, que atacam o sistema imunológico. Seu uso é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida de quem tem HIV/Aids.
Segundo Jordana Costa Lima, hoje em dia é possível ser HIV positivo e viver com qualidade de vida. “Mas é essencial tomar os medicamentos indicados e seguir corretamente as recomendações médicas. Saber precocemente da doença é fundamental para aumentar ainda mais a sobrevida da pessoa”.
PrEP
A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) de risco à infecção pelo vírus é uma terapia de uso preventivo de medicamentos antirretrovirais antes da exposição ao HIV. Tem como objetivo prevenir a infecção pelo vírus e promover uma vida sexual mais saudável.
A Profilaxia é indicada para populações em situação de maior vulnerabilidade e com risco acrescido de infecção pelo HIV, ou seja, homens que fazem sexo com homens, gays, travestis, transexuais, profissionais do sexo e casais sorodiferentes (casais onde um dos parceiros vive com HIV e o outro não e que têm relações sexuais, repetidas vezes, sem o uso de camisinha ou que têm usado a Profilaxia Pós-Exposição repetidamente, ou que apresentem infecções sexualmente transmissíveis).
A PrEP estará disponível em 180 dias após a publicação do Protocolo Clínico para uso da PrEP no Diário Oficial. A sua implementação se dará de forma gradual, com monitoramento anual. Segundo o Ministério da Saúde a estimativa é que cerca de 7 mil pessoas farão uso da profilaxia no país, no primeiro ano de implantação. Em Minas está previsto a chegada dos primeiros tratamentos no início de 2018.
Prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)
Além da distribuição gratuita de preservativos e testes rápidos pelas Unidade Básicas de Saúde, Serviços de Atenção Especializada (SAE) e Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) e demais serviços credenciados, outras recomendações também são importantes para a prevenção da infecção:
-Fazer uso do preservativo (masculino ou feminino) em todas as relações sexuais;
-Não compartilhar agulhas e seringas;
-Usar material esterilizado na aplicação de tatuagens e piercings;
-Realizar os exames de pré-natal, durante a gestação;
-Evitar materiais não esterilizados em clínicas odontológicas, nas manicures, barbearias etc;
-Evitar o uso abusivo de álcool e outras drogas ilícitas. Elas podem alterar o nível de consciência do indivíduo e a capacidade de tomar decisões sobre a forma de se proteger. (Governo de Minas Gerais)

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